sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

And Love Said... No?!

Sim, eu estou ouvindo HIM enquanto escrevo haha!
E acho que tem tudo haver.

Ainda sinto um carinho grande por ela. “Ainda” talvez nem seja a palavra correta, uma vez que não parece um sentimento estagnado ou que perdeu o brilho. Parece apenas mais centrado, mais maduro, penso eu. Parece finalmente ser real e, no fundo, eu fico satisfeito com isso. Sentimentos reais hoje em dia são tão raros...

Devo confessar que foi uma tortura durante um tempo, por algumas razões. A “idéia de que aquela não era a melhor idéia”, de que eu podia estar misturando as coisas, machucando pessoas, nunca me faria dar um “xeque-mate” por completo. Também o fato de tudo parecer tão certo pra dar certo, e por fim não dar, soava um pouco cruel. Quase incompreensível. Quase.

Mas acho que a parte mais dolorosa é você notar que há um amor real e que ele não pode fazer milagres. Quer dizer, não importa em quantos sonhos eu a tenha visto, ou o quanto ela de fato seja especial pra mim, não é o suficiente pra poupá-la de alguma dor. Não sou onipresente, não sou Deus, e é difícil aceitar essa condição de “pobre mortal”. Mais difícil ainda é ver o espinho na direção de tal pessoa, cortando-a, sangrando-a, sem que você possa fazer nada. Nada! Até porque, ela não iria me ouvir. E nem eu acreditaria se não tivesse contado antes, em um desabafo, o que viria mesmo a acontecer.

Talvez essa nossa incapacidade de curar todas as feridas que queremos seja uma maneira de mantermos a humildade, de reconhecermos nossa fraqueza humana. Também, talvez seja uma forma de deixar com que cada um tenha a oportunidade de cicatrizar sozinho, porque toda cicatriz tem história. E toda história, boa ou má, gera um aprendizado. Não tenho dúvidas de que ela aprendeu algo e que, mesmo sozinha, pode já ter se recomposto. É uma mulher forte, é uma mulher intensa.

Aliás, sempre achei que minha atração era a intensidade dela. Me enganei. Sempre fui tão intenso quanto – apenas visualmente um pouco mais “zen”. O que me atrai é a personalidade, o sorriso, a sinceridade e conforto que transparece em nossas conversas. Eu não trocaria os defeitos dela por mais qualidades. É por ela que mantenho meu carinho, da maneira como ela é. E nada mais.

Na verdade, eu até diria que o amor disse “sim”, só que de outra forma. Amar por si só já uma benção. E quem se importa com quantas formas o amor pode ter? Então, se estamos felizes, que assim seja enquanto puder.