terça-feira, 15 de junho de 2010

Feeling

Estou começando a achar que realmente sou sensitivo às coisas. Sabe, sentimentos, sensações, premonições e afins... Como se eu fosse capaz de tê-las ou criá-las, embora não tenha um controle exato sobre isso.

Antigamente, quando me acontecia algo, eu simplesmente achava que era comum pra quem vivia um tempão, que toda pessoa tinha um histórico de coincidências e acasos. Mas, por outro lado, hoje me sinto tão em sintonia com estes acontecimentos que já parecem algo único em minha vida. Como se quisessem me transformar numa pessoa nova, numa coisa nova, talvez até diferente da maioria.

Eu só queria ter certeza de que sou um alguém melhor do que eu era há uma semana atrás. Saber se os caminhos que tomo estão corretos, se minhas decisões foram as melhores, se esse meu "eu" tão transparente é bom pra mim - e pra ela. Eu preciso me importar comigo, afinal, só sou o que sou por existir. Mas minha cobrança dobra porque uma pessoinha agora também existe e vive por mim. Uma menina que me ama mais que tudo, que eu amo mais que tudo, e que merece viver isenta dos males que eu puder isentá-la. Sei que é difícil, aos antigos "impossível", mas o que me custa tentar?

Afinal, eu acredito que o amor possa realizar qualquer coisa.
Até curar o mundo.

sábado, 5 de junho de 2010

Saudade

Quê saudade!

Sabe de uma coisa? Eu nunca imaginei que um sentimento positivo pudesse ser tão doloroso, de certa forma... Ter que esperar tanto tempo pra vê-la de novo é quase sempre um sufoco - e acredite, uma semana é tempo demais... pior ainda quando são duas! Mas a intensidade da dor é completamente superada pela intensidade do amor, que eu já nem sei o quão intenso de fato é de tão enorme que se tornou.

Quando eu a vejo e abraço, quando a beijo e olho dentro dos olhos dela, eu penso: "É exatamente com você que eu sempre quis estar! É apenas por você que eu gostaria de morrer! E é graças à você que desejo imensamente que nossas vidas continuem para sempre".

E o resto torna-se apenas resto.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mãe é mãe?

Será que mãe é mãe? Será que todas são iguais? E será que todos os filhos merecem ouvir todo e qualquer tipo de besteira só porque são filhos e não são pais? Será?

Me senti extremamente injustiçado na última briga com ela. Senti até a dor física presente nas palavras que me disse, e não importa o tamanho do direito que ela tem em dizer o que quiser pra um filho, isso não lhe garante que de fato esteja correta. É tão difícil entender que não somos mais crianças? É tão difícil entender que não precisamos seguir o caminho que PENSAM ser o melhor para nós? É tão difícil entender que eu tenho um cérebro também e que sei pensar, raciocinar e agir por conta própria? E de que adianta ser o filho perfeito se, mais cedo ou mais tarde, eles vão dar um jeito de provar à força que estão corretos só porque te deram a luz?

Sorte que eu tenho uma namorada linda. Sorte que eu tenho um irmão fiel. E sorte que eu tenho um pai que, por mais bobo que às vezes seja, sabe que uma moeda sempre tem dois lados, e não apenas um - como você.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ocupado

Você acorda com ideias na cabeça. Liga o computador enquanto começa a preparar o café da manhã, e engole tudo pra escovar os dentes mais rápido ainda. Senta em frente ao monitor, dá meia dúzia de cliques no mouse e já checa todos os meios de comunicação possíveis, vendo cuidadosamente se recebeu recados em cada um deles. Abra aquela pasta de MP3 e coloca alguns sons pra rolar. Começa a correr atrás dos assuntos de seu interesse, e puxa conversa com pessoas que fazem parte dos respectivos assuntos. Para tudo e vai lá pra cozinha preparar seu almoço, ou algo que pareça com isso. Volta comendo ao PC. Algumas conversas se extendem, outras são interrompidas por algo que está tocando. Uma voz do outro lado da linha te trás o sentimento de tudo que há de bom - exceto, talvez, pela distância. Você deixa o celular num canto, ainda com o pensamento na conversa que acabou de acabar, mas voltando as demais que estão a sua espera. Resolve problemas que dão origem à outros. A música continua rolando de fundo, embora já não seja tão digna de sua atenção. A noite cai, as pessoas em sua casa vem e vão nas horas seguintes, e você retorna ao resto de pizza - fria - que sobrou em cima da mesa pra desgutá-la como seu jantar.

Nesse momento, você senta ao sofá e vê como o dia pode passar em questão de segundos quando sua mente está ocupada, mas também enxerga a capacidade de parar o tempo quando se concentra naquilo que ama. Antagônico, eu diria. E dali, voltando à rotina, você pensa que estar ocupado é uma boa até que o tempo pare de vez.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Será?

Recebi uma vaga por e-mail para Assistente de Marketing... Ok, muitas dessas vagas que a gente recebe nem são lá o que se chamaria de marketing mesmo, mas resolvi dar um crédito porque foi a Pri quem me enviou. Tomei um choque! A descrição do cargo soou tão perfeita, mas tão perfeita pra mim, que eu até tremi de ansiedade com a possibilidade de conseguir esse bendito emprego. E o melhor: É em São Paulo!

Eu fico pensando se isso tem alguma relação com Deus, afinal de contas, hoje fui rezar por minha namorada (minutos antes de uma entrevista pra área dela) e por mim naquela capelinha da Nova Jerusalém - depois de anos sem pisar naquele lugar. Não tive como conter as lágrimas, principalmente ao ver o altar e ao me despedir da paz que havia por ali. Agradeci por tudo de bom que Ele tem me dado, pedi perdão por todos os meus possíveis erros, pedi sabedoria pra alcançar aquilo que tanto sonho... Enfim, pedi pra que Ele me iluminasse. Se a vaga já é um sinal de luz, eu quero alcançá-la agora mais do que tudo, tudo, e Você sabe que eu realmente quero!

Por favor, me ajude, prometo que o resto eu farei por minha conta.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vazio

De repente uma sensação de vazio me tomou. Não sei explicar exatamente como funciona, mas posso comparar com o último sábado/domingo nos momentos em que meus sentimentos negativos me afastaram do mundo, e principalmente dela. Eu sempre deito na cama e os pensamentos atrapalham meu sono, surgindo numa tempestade confusa de ideias. Mas, ontem, era como se a tempestade fosse de ideias vazias.

Penso que possa ser uma sensação cruel de humanidade. Penso que possa ser um desgaste mental, ou talvez uma overdose de mentalidade. Penso na possibilidade de ser covardia, e ficaria imensamente frustrado se não soubesse que é a mesma forma que meu ídolo-mor pensa. Cheguei a me julgar ansioso, como em tantas outras vezes no último ano, mas parecia uma ansiedade fraca, sem vida... Parecia que meu coração iria parar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Reformas

Depois de pensar, pensar, e pensar mais um pouco, cheguei a uma conclusão: Preciso reformar minha vida.

Minha procura por uma "alma gêmea" já terminou. Eu sei quem ela é e é com ela que eu quero ficar, portanto, isso eu não vou mudar. Enquanto ela estiver comigo, eu estarei com ela. E, embora não seja o único motivo, talvez tenha sido a razão principal de eu perceber que uma nova etapa pras minhas conquistas começou.

Estou disposto a trocar de amigos, ou melhor, reconhecer os que realmente merecem. Estou disposto a mudar de cidade, ou de país, quem sabe. Estou disposto a deixar o passado pra trás e viver um futuro mais feliz, mais divertido, mais romântico. Mais tudo que puder ser mais.

E eu não vou deixar de ser quem sou, muito menos vou ferir alguém gratuitamente. Mas pague pra ver e não me responsabilizo pelos meus atos.

Acho que é isso.

segunda-feira, 29 de março de 2010

(Time's) Passing By

Pois é, minha gente. A gente some mais a gente vorta!
E é por isso que estou aqui de novo. Xeretas do Brasil varonil, fiquem contentes! =D

Well, começamos 2010, não é? Até aqui, não tem sido o ano mais fácil da minha vida, devo dizer. Mas é também a primeira vez que eu divido essa minha vida com alguém, ou melhor, compartilho todas as coisas. Mesmo que o peso não suma, tal privilégio sempre deixa as situações mais leves e me fortalece por dentro. Não há preço que pague tamanho companheirismo - mútuo, sempre mútuo. E é por isso que toda essa "dose de veneno" me faz falta no dia a dia.

Desde que comecei a escrever por aqui, dois longos (e curtos) anos se passaram. Minha rotina mudou, meus amigos mudaram. Meu cabelo ficou escuro e voltou a ser claro. Meu estágio acabou, minha formatura chegou. E assim - como acredito desde as minhas 18 velinhas - dois anos se provam tempo suficiente pra que outro mundo se forme em nossas cabeças, pra que tenhamos novas idéias e metas, pra que tudo seja diferente. Ou quase tudo.

Ainda me sinto um pouco desorientado com certas circustâncias, vamos dizer. Ainda não sei exatamente o que eu faço de melhor, exceto que deve ter haver com a área de comunicação. Ainda sigo velhas receitas do que aprendi, mas estou parando pra ter certeza de estão corretas. Ainda não sei se todas as pessoas a minha volta são confiáveis, mesmo as que eu sempre julguei confiáveis. Ainda estou me transformando.

Na realidade, a única coisa que sei é que não estou pronto pra entrar numa cova. Eu quero mais é viver! E eu só sei que é com você =]

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

DoisMil... e 9 Parte II

Julho. O inverno fazia jus ao frio que lhe é típico e a gripe suína tomava conta dos colégios. E num dia tão gelado quanto, o Kagrra – uma das bandas do meu “kokoro” – se apresentaria no Anime Friends (evento que finalmente dava sinais de inovação). Até a hora do show, muita coisa rolou. “Invadi” o camarim das bandas de abertura – Ma:kiavel e Personna – a convite do Taro. De lá, vi e ouvi os japoneses fazendo a passagem de som, passando pelos corredores. Era uma sensação incrível e meio estranha vê-los de tão perto. Claro que logo fui “convidado a me retirar”, mas até então, já havia papeado e abraçado os brothers cariocas. De volta ao outro lado, os jrockers jundiaienses passeavam alegremente, comiam, brincavam, conversavam. Fizeram daquele dia um dia mais especial, um resumo das férias. Resultado? Todo mundo bem morto depois da apresentação apoteótica do Kagrra. Se foi o vírus do porquinho ou não, é difícil saber. Mas sei que passei a semana feliz – e de molho com diversos atestados.

Terminada a quarentena, a faculdade voltou com força total, e eu pude voltar também. Tínhamos uma campanha publicitária inteira pela frente para a EDEN, a primeira grife de moda 100% orgânica do Brasil. Um cliente interessante, mas novo e sem nenhuma base de marketing, num mercado ainda pouco conhecido e com diversos conceitos a serem trabalhados. Seria no mínimo complexo e desafiador. No estágio, as coisas melhoravam e as leves divergências iniciais com minha chefa sumiram. Passamos a trabalhar muito bem em dupla e a confiança só crescia. Novos estagiários entraram: O Rhafa (com quem eu já tinha trabalho no COT), Pedro, Gabriel e Alexandre (que estudavam juntos, logo, formaram um trio e tanto hehe), e a Ana. Apesar de adorar todos os outros, ela foi a pessoa com quem mais me identifiquei por lá, talvez por me salvar dos B.O.s impossíveis, ou por falarmos de nossa vida pessoal como velhos amigos, ou ainda pelo pacto que fizemos de sempre nos ajudar – ao invés de queimarmos um ao outro, como alguns velhos colegas faziam. Quem sabe ela me convida pro seu casamento rss...

Aqui adentramos numa fase do ano absolutamente fantástica, não só entre os 365 dias, mas entre todos os dias da minha vida. É a hora em que percebo que as coisas não acontecem quando nós queremos, mas quando simplesmente podem acontecer. Nayara é o nome dela. O contato do acaso nos levou a algo muito maior do que imaginei, e muito melhor também. Na verdade, é muito difícil descrever toda a nossa trajetória – que me fez constatar aquela amizade especial como o meu maior amor, como nunca senti, mas o qual sempre esperei. Conversas, risadas, escolhas – miyavi. É, o miyavi! Nos encontramos por lá. E hoje vejo uma sinceridade de sentimentos tão grande que pareço te sentir o tempo todo, em todos os lugares, em todos os momentos. Tenho muita sorte de ter te conhecido, de poder apreciar o seu jeito de ser e de agir. De poder tocá-la, de poder beijá-la, de poder sonhar com você, de poder dormir com você. Não há nada mais lindo no mundo do que olhar pra você! Fico contente pelas lágrimas que você me arranca serem de felicidade, e por ser exatamente quem é, alguém que não consigo expressar em palavras. E é exatamente esse o detalhe mais importante: Você é inefável. Você é indescritível pra mim.

Depois disso, o resto do ano poderia ser uma enorme catástrofe que eu continuaria iluminado pela beleza da minha amada companhia, mas, graças a Deus, seguiram-se ótimos dias. Desde a festa à fantasia de 18 aninhos da Mari (nunca cantei tanto parabéns de uma vez só), passando pelo (já citado anteriormente) fatídico show do miyavi, pela gravação do vídeo-clipe da Z’ephyruS (que, apesar das “perdas” posteriores, foi pra lá de memorável), por uma seqüência de mini-viagens – ora pra Limeira, ora pra São Paulo – junto do meu amor (que a essa altura já era oficialmente “minha namorada”), entre outros. Alternando os assuntos, a reta final da faculdade foi tensa e quase estressante, sendo que a Zaztraz fora o último grupo a entregar o book TCC. Nada que nos comprometesse com os professores, que aparentemente simpatizavam por nós e frisavam que o nosso cliente era o mais difícil de todos. Mas, no fim, pagamos o preço por tal dificuldade e não ganhamos o sonhado primeiro lugar na apresentação final. Claro que aprendemos muito do mesmo jeito, e serviu pra perceber o quanto nossa agência foi marcante pra cada um de nós, seja pelo aprendizado, seja pela amizade que surgiu dali. Em seguida, terminei um relatório de estágio do curso relativo ao meu trabalho na Caixa, que também estava em clima de despedida...

Definitivamente não posso esquecer as duas semanas finais de 2009. Primeiro, fomos viajar até a capital do sertanejo, Goiânia, onde moram minha cunhada e minha sogra – que me recuso a chamar de sogra, tamanho o seu jeito moderno e o carinho com o qual me acolheu. Nay e eu passamos o natal com elas e com o Kaká – que também é digno de lembrança. Tirando um imprevisto ou outro, não poderia ter sido melhor! Adorei conhecer a cidade planejada, quentinha e cheia de opções gastronômicas, além é claro de toda família em si (já sinto falta de vocês). E na volta pra Sampa, conseguimos chegar antes do aniversário do meu irmão e praticamente emendamos o reveillon nas festividades, lá na casa da avó do Guh e com alguns dos melhores amigos dos últimos tempos (há quem diga que estive bêbado durante a virada, mas as pessoas inventam essas coisas, sabe?). Pode parecer exagero dizer que foi o melhor final de ano que eu já tive, mas se você pensar que fiquei quase duas semanas com a minha branquinha, vai entender que faz sentido. Foi uma ótima oportunidade de testarmos nossa convivência direta, e ainda melhor constatar que o resultado não poderia ser outro: Saudades. Muitas saudades!

Viver sem ela pode ser difícil hoje em dia, mas começamos o ano com o pé direito: Juntos. E felizes pra encarar o novo ano que já está entre nós, numa nova fase de nossas vidas.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

DoisMil... e 9 Parte I

Dois mil e nove, dois mil inove...

O ano novo começou com o mundo da propaganda fazendo efeito na cabeça das pessoas. Muita gente deu boas vindas à 2009 com a promessa de inovar, tal como o trocadilho sugeria. Por um lado, me parecia uma besteira, já que sempre é tempo para inovações. Por outro, era uma brincadeira inspiradora. Às vezes, uma coisinha dessas realmente pode causar um efeito maior e fazer as pessoas acreditarem com mais força na capacidade que possuem de inovar, de mudar e de sonhar.

Sonhar. Comecei os primeiros dias de janeiro sonhando que tempos melhores viriam, pois 2008 já havia sido uma tempestade e tanto. Foram meses extremamente difíceis e dolorosos, aos quais eu tive convicção que foram os mais duros que já enfrentei, desde que aprendi a diferença entre o que é bom e o que é ruim. De certa forma, desde sempre. Eu tinha uma esperança ínfima escondida em algum canto, eu tinha literalmente sonhos esporádicos que me faziam mantê-la viva. Mas não sabia exatamente o que seria da minha família, até o telefone de casa tocar no dia 6. A partir dali, uma nova onda de fé me tocou, entre amarguras e arrependimentos. Suspirei aliviado e as boas novas me deram força pra recomeçar a lutar pelas minhas coisas. Começamos então a restaurar a Z’ephyruS, ainda mezzo-escondida do público. Fizemos um corujão, depois de um leve hiatos de festanças, com os amigos mais chegados. Procurei com mais ênfase um estágio nos jornais – precisava de um pra conclusão do meu curso. E assim, 2009 ia ganhando formas e cores pra mim.

Minha mente estava focada em me restaurar por dentro e isso incluía uma postura mais individualista – era o que eu achava, a princípio. Não seria a primeira vez que me fecharia um pouco do resto das pessoas, mas, ao mesmo tempo eu estava disposto a conhecer gente nova. Houve o aniversário da Misa, o aniversário da Laís, ambas do nosso “grupinho jrocker do interiorrr”. Houve o aniversário da Carol também, outra amiga do mundo nipônico, eventos de anime. Lá, conheci um grupo composto por várias pessoinhas que eu já tinha uma amizade prévia, virtual, principalmente via fotolog. A festa da Cah foi uma oportunidade de vê-los e constatar que eram legais, boas companhias. Entre elas, havia uma menina dos meus tempos de colégio, muito meiga e bastante tímida. Senti um encanto diferente por ela. Ali, me dei uma chance de conhecer alguém que parecia valer a pena. Dentro do clima – e praticamente dentro do grupo – todos nós acabamos saindo algumas (poucas) vezes.

“Ela não combina com você, Will, conforme-se”. Ouvir isso de um amigo que zanzava quase todo dia comigo pra dar uma volta por aí, depois da meia-noite, era o que faltava pra eu de fato me conformar. Ela era, e com certeza ainda é, uma ótima pessoa. Mas não combinávamos. Tínhamos estilos de vida diferentes, gostos diferentes. Havia simpatia, mas não havia empatia. Relutei um pouco pra acreditar porque eu sabia que não encontraria alguém com tantas qualidades facilmente. Da mesma forma que soube que não éramos um para o outro no primeiro beijo. Eu não me arrependo de ter conhecido-a, muito menos por ter conhecido o “clube” todo. Me arrependo de não ter percebido a distinção entre admiração e paixão antes dela se envolver tanto. Dores à parte, não queria mais machucar ninguém e decidi dar um tempo à palavra “relacionamento”. Se já não estava nos meus planos antes, depois disso definitivamente eu deixaria em segundo plano. Não seria o meu foco em 2009 encontrar alguém.

Entre março e abril, duas coisas importantes aconteceram e me ajudaram a deixar o coração um pouco de lado: Primeiro, o ensaio fotográfico da Z’ephyruS feito pela Mariana. Aquilo nos deu uma repercussão considerável com o público da região e com os fãs de jrock. A outra foi o meu estágio na Caixa Econômica. A oportunidade de conhecer uma instituição dessas por dentro foi uma surpresa muito agradável. Em conseqüência, os meses seguintes me propuseram um trabalho bacana (e bacana $$$) pra desenvolver um pouco do que aprendi na faculdade – na qual eu estava em clima de TCC. Tudo começava a girar em torno desses três assuntos, sendo a banda o meu “hobby” favorito (mas que dava tanta dor de cabeça quanto os outros dois rs). Partes dos momentos memoráveis do ano incluem a nossa estréia nos palcos de São Paulo, no Rox Festival, e o show no Animevale, em Jacareí – especialmente esse que rolou na véspera do meu aniversário. Não havia presente melhor do que ver aquele bando de doido junto e o retorno positivo que tivemos do público. Foi lindo!

E algumas horas depois, com o mês de junho passando, meu aniversário chegou. Numa comemoração mais intimista que o dia anterior – incluindo uma passagem na Nipo e na casa do Jujuba – a câmera da Mari (digo a câmera porque ela também estava posando huaehuae) captou uma cena típica de “Anos Incríveis”. Amigos em volta, sentados num morrinho gramado e sorrindo para o click em preto e branco. A melhor foto pra ilustrar aquele dia, aquele semestre, e aquelas companhias onipresentes dessa época.