Encantado

Eu já tinha escrito sobre isso, apenas pra tomar nota quanto ao novo estado em que me encontro: o estado de "encantado". Eu diria que essa palavra expressa perfeitamente o que sinto por uma garota, e não, não se trata do termo "apaixonado". Paixão é visceral, descontrolada, quase doentia. Não se trata de tal efeito. Eu me sinto fascinado, vislumbrado... e encantado, por assim dizer.

E é ela quem encanta ao ser tão encantadora. Não consigo explicar como alguém pode ser tão doce, meiga, suave e gentil numa pessoa só. E ainda é bela! Ela podia ser tudo pra disfarçar a falta de beleza, mas não, ela tem beleza. E quer "piorar" a situação? Ela é uma mulher moderna, daquelas que são independentes, trabalhadoras e prezam pelo intelecto. E olha que nem citei o caráter. Ela pode não ser perfeita, mas por Deus, essa garota realmente existe? E está apaixonada por mim? Faz sentido uma coisa dessas? Tá, talvez até faça. Eu é que não devo ter um parafuso na cabeça, exitando ao pedí-la em namoro ou coisa assim. Isso é o que de fato não faz sentido!

Ou faz... digo, não sei. Eu tenho um carinho gigante por ela, que só alguém do além poderia explicar. Assim como nada me convence de que encontrá-la seja apenas por "acaso". O acaso seria muito generoso em me apresentar a menina que, talvez, seja aquela a quem mais observei nos meus tempos de colégio. Seria também muito bondoso em tornar isso recíproco tão facilmente. Desculpa, Sr. Acaso, mas isso não é do seu feitil. Então, eu acho que a única explicação é que eu tenho medo. Sim, eu devo ser muito medroso em não aceitar uma pessoa tão boa ao meu lado, talvez temendo não retribuir da mesma forma.

E claro que já estou sendo condenado, eu acho, por aqueles que gostam dela. É ligeiramente compreensivo pessoas assumirem as dores de quem amam, já que só querem o seu melhor, e não posso condená-las por me condenarem. Mas por outro lado, é óbvio que não seria assim se estivéssemos juntos, se houvesse um compromisso. Eu assumo responsabilidades por completo, sempre foi assim. Se ainda não assumi, é porque simplesmente não tive a segurança em ser completo. Não queria que julgassem tão precariamente, afinal, existem detalhes que não são confortáveis em contar aos 4 ventos. Mas entendo que o emocional supere o racional e que meu individualismo pareça descaso. Ela apenas não merece algo menos do que "completo", ao meu ver. Meu ver.

Enfim, Jesus, como a amo... ou ela nunca saberá disso, ou ela ainda terá certeza por completo... talvez eu deva me esconder até que o sol nasça e meus problemas tornem-se menores. Ou talvez, eu deva abrir mão das paranoias alheias por já ser tarde demais pra se esconder, pra me esconder. Porque ela simplesmente me encantou.

Insônia...

Quase 02h00 da manhã. Luzes apagadas, portas e janelas fechadas, TV ligada - quase sem som. O silêncio ecoa, o tic-tac do relógio ecoa, os pensamentos ecoam. Só não ecoa meu ronco porque "gente viva" não ronca. E nessas horas, principalmente nessas horas tão quietas, morrer por umas horinhas não seria uma má idéia. Mas, se você não se tocou que eu ainda estou "vivo" e aqui, o título do post não deixa dúvidas, deixa?

Enfim, já cansei de dormir acordado.
Alguém por gentileza me dopa?

Ahh, o trabalho! (ou a barraquinha de coco na praia)

Não sei se estou absorvendo tanta informação pra estar nesse estado, mas não tenho dúvidas que estou pensando em muita informação pra estar nele... (?!)

Tudo parecer bem "okei", sabe?
Minha família, meu grupo na faculdade, minha banda...
Minhas amizades, minhas saídas, coisas do gênero.

Estou apenas com um problema chamado "trabalho". Eu não quero me gabar, não gosto de me achar melhor do que ninguém, mas... eu acho que merecia estar trabalhando. Talvez ainda seja cedo pra uma multinacional, mas merecia estar trabalhando num lugar bacana (e não naquela furada do ano passado). Não só pelas notas altas entre a turma da sala, mas, sobretudo, porque eu sei que tenho tanto ou mais capacidade que muita gente que tá na área e só faz coisa meia-boca. Tenho uma amiga que, além de não servir pra nenhuma das funções básicas das agências de comunicação (planejamento, criação e mídia - e foi um professor que frisou isso), ainda tem um português dos mais chulos que já vi. E tá aí, ganhando "um pau e meio" por causa de QI. Eu confesso que adoraria ter um QI. Mas tem hora que essas coisas me revoltam. De que adianta meu histórico escolar se uma merda de QI fura-fila, até com gente "mezzo-competente"?

De quebra, apesar de tudo estar "okei", a sensação é de que estou em débito. Mesmo que seja só uma falta de sorte momentânea, não há como deixar de lado pensamentos como "você está em dívida com você" ou "você está em dívida com seus pais". Dinheiro não cai do céu, não na minha casa. Meu pai rala pra caramba! E tenho muito orgulho disso. Mas gostaria de poder ajudar mais. E acho que seria bastante justo - mesmo que com um salário modesto - que eu pudesse trabalhar em algo que sou realmente bom pra fazer, e que me desse uma boa oportunidade. Eu tenho capacidade, e quero ter experiência na prática pra provar isso. Sei que sou inteligente, sei que sou versátil, sei que entendo de comunicação e que me dou bem com pessoas (nunca tive atrito com companheiros, sempre me dei bem com meus 6 chefes - exceto com 1, que me disse "você não é ninguém pra dar opinião"). Será que ninguém pode me dar um help ou uma mão, já que meus braços estão extendidos aos céus?

E bem, eu devo estar falhando com alguns amigos, até com alguns possíveis relacionamentos mais sérios. Não é por maldade, eu juro! Só que meu cérebro não desliga desse pepino. E apesar desse ano estar soando consideravelmente melhor que o póstumo 2008, não há como esquecer que estou no último ano da faculdade e que as coisas estão se finalizando/recomeçando. Não há como esquecer que alguns colegas estão aí, em agências e empresas, com uma sorte que parece não apontar pra mim. Claro, alguns tem méritos de sobra (meu chara Will que o diga!), mas alguns... meu, alguns eu não sei nem o que estão fazendo no nosso curso.

Vi na TV que o ano dos geminianos só vai andar depois do dia 20. Bizarrices astrológicas à parte, eu bem que gostaria que aquele guru estivesse certo. Pelo menos assim eu desistia da idéia de que "deve ser melhor vender coco na praia". A não ser que eu venda coco com muito protetor solar, sabe como é...