quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

DoisMil... e 9 Parte I

Dois mil e nove, dois mil inove...

O ano novo começou com o mundo da propaganda fazendo efeito na cabeça das pessoas. Muita gente deu boas vindas à 2009 com a promessa de inovar, tal como o trocadilho sugeria. Por um lado, me parecia uma besteira, já que sempre é tempo para inovações. Por outro, era uma brincadeira inspiradora. Às vezes, uma coisinha dessas realmente pode causar um efeito maior e fazer as pessoas acreditarem com mais força na capacidade que possuem de inovar, de mudar e de sonhar.

Sonhar. Comecei os primeiros dias de janeiro sonhando que tempos melhores viriam, pois 2008 já havia sido uma tempestade e tanto. Foram meses extremamente difíceis e dolorosos, aos quais eu tive convicção que foram os mais duros que já enfrentei, desde que aprendi a diferença entre o que é bom e o que é ruim. De certa forma, desde sempre. Eu tinha uma esperança ínfima escondida em algum canto, eu tinha literalmente sonhos esporádicos que me faziam mantê-la viva. Mas não sabia exatamente o que seria da minha família, até o telefone de casa tocar no dia 6. A partir dali, uma nova onda de fé me tocou, entre amarguras e arrependimentos. Suspirei aliviado e as boas novas me deram força pra recomeçar a lutar pelas minhas coisas. Começamos então a restaurar a Z’ephyruS, ainda mezzo-escondida do público. Fizemos um corujão, depois de um leve hiatos de festanças, com os amigos mais chegados. Procurei com mais ênfase um estágio nos jornais – precisava de um pra conclusão do meu curso. E assim, 2009 ia ganhando formas e cores pra mim.

Minha mente estava focada em me restaurar por dentro e isso incluía uma postura mais individualista – era o que eu achava, a princípio. Não seria a primeira vez que me fecharia um pouco do resto das pessoas, mas, ao mesmo tempo eu estava disposto a conhecer gente nova. Houve o aniversário da Misa, o aniversário da Laís, ambas do nosso “grupinho jrocker do interiorrr”. Houve o aniversário da Carol também, outra amiga do mundo nipônico, eventos de anime. Lá, conheci um grupo composto por várias pessoinhas que eu já tinha uma amizade prévia, virtual, principalmente via fotolog. A festa da Cah foi uma oportunidade de vê-los e constatar que eram legais, boas companhias. Entre elas, havia uma menina dos meus tempos de colégio, muito meiga e bastante tímida. Senti um encanto diferente por ela. Ali, me dei uma chance de conhecer alguém que parecia valer a pena. Dentro do clima – e praticamente dentro do grupo – todos nós acabamos saindo algumas (poucas) vezes.

“Ela não combina com você, Will, conforme-se”. Ouvir isso de um amigo que zanzava quase todo dia comigo pra dar uma volta por aí, depois da meia-noite, era o que faltava pra eu de fato me conformar. Ela era, e com certeza ainda é, uma ótima pessoa. Mas não combinávamos. Tínhamos estilos de vida diferentes, gostos diferentes. Havia simpatia, mas não havia empatia. Relutei um pouco pra acreditar porque eu sabia que não encontraria alguém com tantas qualidades facilmente. Da mesma forma que soube que não éramos um para o outro no primeiro beijo. Eu não me arrependo de ter conhecido-a, muito menos por ter conhecido o “clube” todo. Me arrependo de não ter percebido a distinção entre admiração e paixão antes dela se envolver tanto. Dores à parte, não queria mais machucar ninguém e decidi dar um tempo à palavra “relacionamento”. Se já não estava nos meus planos antes, depois disso definitivamente eu deixaria em segundo plano. Não seria o meu foco em 2009 encontrar alguém.

Entre março e abril, duas coisas importantes aconteceram e me ajudaram a deixar o coração um pouco de lado: Primeiro, o ensaio fotográfico da Z’ephyruS feito pela Mariana. Aquilo nos deu uma repercussão considerável com o público da região e com os fãs de jrock. A outra foi o meu estágio na Caixa Econômica. A oportunidade de conhecer uma instituição dessas por dentro foi uma surpresa muito agradável. Em conseqüência, os meses seguintes me propuseram um trabalho bacana (e bacana $$$) pra desenvolver um pouco do que aprendi na faculdade – na qual eu estava em clima de TCC. Tudo começava a girar em torno desses três assuntos, sendo a banda o meu “hobby” favorito (mas que dava tanta dor de cabeça quanto os outros dois rs). Partes dos momentos memoráveis do ano incluem a nossa estréia nos palcos de São Paulo, no Rox Festival, e o show no Animevale, em Jacareí – especialmente esse que rolou na véspera do meu aniversário. Não havia presente melhor do que ver aquele bando de doido junto e o retorno positivo que tivemos do público. Foi lindo!

E algumas horas depois, com o mês de junho passando, meu aniversário chegou. Numa comemoração mais intimista que o dia anterior – incluindo uma passagem na Nipo e na casa do Jujuba – a câmera da Mari (digo a câmera porque ela também estava posando huaehuae) captou uma cena típica de “Anos Incríveis”. Amigos em volta, sentados num morrinho gramado e sorrindo para o click em preto e branco. A melhor foto pra ilustrar aquele dia, aquele semestre, e aquelas companhias onipresentes dessa época.

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