quinta-feira, 22 de outubro de 2009

13 de Outubro - Parte I

As emoções do dia 12 e 13 se misturam. Tudo que ocorreu nesse prazo de 48 horas parecia uma coisa só, principalmente com o feriado que emendava os dois dias. Na tarde da segunda, a Nay já iria pra fila e, depois de algumas conversas, achamos melhor eu aparecer apenas na terça (pra descansar direito e ficar inteiro *insônia oi*). Com a chuva típica de São Paulo, começamos a trocar mensagens pra nos mantermos informados. Descobri que ela tomou uma lavada logo que chegou. E que, em seguida, foi acolhida por uma menina – que só descobri ser a Bayu (?) BEM depois – e se enxugou até ficar “meio úmida” rs. Dali pra frente, só alegria! Pelo menos até poucos minutos pra meia noite...

Minha primeira mensagem ao virar da noite foi de consolo. Algo aconteceu na fila e o último sms da Nay me deixou preocupado. Dizendo que me explicava no dia seguinte, resolvi não cutucar pra saber e apenas ressaltei as poucas horas que faltavam... Esperamos tanto, tanto! Não era hora pra desanimar. Tentei dormir, juro que tentei, de todas as formas e lados possíveis. Mas quem disse que dava? Os pensamentos bons vinham, alguns ruins também, perguntando “será que está tudo bem por lá?”. A ansiedade e nervosismo cresciam assustadoramente, e não pregar os olhos piorava, porque só me fazia pensar “fiquei aqui pra dormir bem, como vou estar amanhã se não dormir?”. Eram por volta de 4h00 am quando escrevi dois recados. A Nay respondeu rápido, e até me acalmou. A Mari, obviamente, nem acordou aehaeuaehuahe!

Amanheceu...

Meu pai tinha uma consulta médica pela manhã e se dispôs a me levar na Mari às 8h30. Minha idéia inicial era pegarmos o ônibus nesse horário, mas, sentindo que precisava de uma horinha a mais na cama, concordei em esperar por ele. Confesso, foi meio inútil pra descansar, eu já estava muito elétrico rs... Por outro lado, foi bom porque acabei arrumando com mais calma minhas coisas antes de partir – e tinha de tudo, menos comida *besta*. Respirei fundo uma meia dúzia de vezes, olhava pro espelho – sozinho em casa – como quem se auto-pergunta, afirmando “Vai dar certo, né? Vai dar tudo certo!”. Ouvindo a chave na porta de alguém que voltava pontualmente do médico, peguei minha bolsa – além do violão que me pediram – e a carona rumo a Mari’s House.

Apertei a campainha e a Mah apareceu com o telefone na mão – estava me ligando ao mesmo tempo em que cheguei rs. Já sabia que eu ia atrasar um pouco, então, foi realmente uma coincidência. Entrei e ela no PC dando início ao que seria uma verdadeira “cobertura miyavizística via twitter”. Dei oi pra Marina – irmã – que estava vendo algo na TV e pra mãe dela, que terminava de arrumar a casa pra nos levar ao terminal. Como a Mari já tinha se arrumado, só restava a mim dar uma produzida no cabelo. Algo que posteriormente seria batizado, erroneamente ou não, de “Harry Potter do laquê flamejante” (é isso que dá você tentar se arrumar sozinho eahuaehuae, mas ok, HP é um personagem que eu até gosto haha!).

Após andar mil vezes pela sala e cozinha, saímos meio atrasados dentro do nosso cronograma. Já estava imaginando que teríamos uma longa espera pelo próximo Cometa, mas, por sorte, um ônibus partiria em 10 minutos. Isso resultou em algo em torno das 10 horas – e, nota, começava a saga do “corre-corre” meu e da Mah! Um pouco aliviados e já em direção a São Paulo, me aconcheguei na poltrona em busca de alguma tranqüilidade, talvez um cochilo básico pra estar mais vivo quando chegássemos... E o sossego funcionou durante um tempo. Pelo menos até notarmos o “pequeno” congestionamento a vista, típico da capital, e o zigue zague monstruoso que o motorista fez pra “contornar” o problema. A Mari já estava até tendo alguns surtinhos e conformada que chegaríamos pra almoçar, praticamente uhaeeuae...

Chegamos então ao Terminal Tietê. Compramos as passagens o mais rápido possível, a Mah – de tabela – comprou um pacotão de 200 sms’s pra “twittagem”. Continuamos a correria para o metrô, rumo a Estação Santa Cruz (por que não inventaram esse tipo de coisa pro interior também, ehm?). Cada vez mais próximos ao destino final da maratona alucinaaaaada, achamos um ônibus que nos levava à Moema e pronto. Ufa! Agora era só esperar. Enquanto pontos e mais pontos passavam, o cobrador – que parecia antipático quando perguntamos “o senhor pode nos avisar quando estivermos próximos ao Citibank Hall?” – começou a puxar papo, do nada, era outra pessoa: “É show do quê que vai ter lá?... Sério? Rock japonês? Eu tenho um CD, mas nunca ouvi direito... Tem uma fila imensa por lá, gente dormindo há dias!... O Citibank é no próximo ponto. Tenham um bom show!”. Que coisa, não? xD

Descemos. Uns dois quarteirões nos separavam da “fila imensa” citada antes. A Mari procurava algum bar/lanchonete com um banheiro pra se arrumar, e fui na onda dela lavar o rosto. Uns minutos depois e estávamos prontos para, finalmente, concluir a primeira parte dessa história. Minha boca secou. Meu coração alternava entre a sensação de calmaria – ou de anestesia rs – e pulsações extremamente fortes. A Mari me perguntou se eu estava bem, e eu afirmava que sim, com sorrisos levemente nervosos. Avistamos os primeiros seres a distância que pareciam um grupo de fãs – por seus trajes coloridos, exóticos, e também pela gritaria away rs...

Me perguntei se ela estaria entre eles. E na esquina que nos levava a multidão, eu parei e pedi pra Mari parar junto. Bebi um pouco de água, respirei fundo pela última vez... Eu sabia que ela estava ali. Não enxerguei, mas tinha certeza! Depois da minha melhor amiga me encarar como se soubesse o que eu sentia, afirmei convicto... “É agora. Vamos!”.

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