terça-feira, 20 de outubro de 2009

Prelúdio

Faz uma semana. Exatamente uma semana que o inacreditável aconteceu. Mas, antes de tudo, acredito que seja importante voltar no tempo pra entender o porquê o tal dia treze de outubro de 2009 foi tão, tão marcante.

Estávamos próximos do mês de maio de 2008. Época que antecedia os preparativos para o primeiro show do miyavi – um dos maiores músicos da nova geração japonesa – em solo brasileiro. A conquista era muito notável para nós, fãs de jrock, e era comemorada tanto por admiradores do artista quanto por pessoas que não ligavam tanto pra ele, como eu. Então, a idéia de prestigiar a apresentação pra dar força ao movimento foi crescendo e acabei adquirindo meu ingresso bem rápido pra não ficar de fora rs...

Paralelo a isso, eu sempre acreditei que entrosamento é a chave pra que você não se sinta um “peixe fora d’água”, e aí, resolvi passar (durante a madrugada do dia 17 de maio, um sábado) pela maior comunidade do myv no orkut pra fazer algumas amizades. Lá, no chat, vulgo flood, era provável que eu conhecesse pessoas que iriam no show. Três delas estavam onlines naquela instante e acabei entrando num papo bacana com elas sobre... livros auheuahuaea?! A Bayu, que eu sempre via perdida em outras comunidades, era uma. Um carinha com avatar do Asagi era outro no nosso papo épico matinal. E por fim, a terceira notável participante: era a Naya.

Passado o dia do chat, acordei e fui ver meus scraps. Lá estava ela. Achei-a linda desde a primeira vez, mas notei que morava em outra cidade, namorava, enfim... Estava me perguntando se eu havia guardado os nomes dos livros que sugerimos entre nós, porque o – infeliz – dono da comunidade havia apagado sem querer o tópico inteiro rs. Apesar de, hoje, eu ter ainda mais belos motivos pra não gostar dele, não dá pra negar que acabou nos ajudando sem querer com esse “erro besta”.

A partir dali, a Nay e eu começamos de fato o que seria uma curiosa relação à distância de provocações, risadas, e carinho. As conversas ocasionais sempre duravam horas! Pareciam compensar todos os meus sumiços – e todas as cobranças dela em relação a isso rs. Nossa proximidade foi crescendo, nossa confiança também. Devido aos gostos em comum, ela passou a ser minha “confidente”, especialmente aos assuntos da banda. Tudo que o pessoal daqui sabia, e não sabia, a Nay sabia. Se isso parece o bastante, acho que passa a ser mais digno quando digo que o que faço com a música é algo puramente auto-reflexivo, sejam nas letras, sejam nos conceitos. Em outras palavras, ela foi me conhecendo melhor do que ninguém.

Ao caminhar dos últimos meses, ela mudou-se para São Paulo – ainda outra cidade, mas a cidade de acesso mais fácil pra qual todos vem e vão. Seu pai curiosamente passou a visitar Jundiaí também, e os detalhes foram me deixando cada vez mais intrigados. Entre os nomes das últimas meninas que apareceram na minha vida, e, talvez, até os nomes dos animais de estimação da família dela auheuaehua, as coincidências pareciam constantes demais. As “transmissões de pensamento” deixaram de ser surpresa e tornaram-se quase uma rotina. E os estranhos sonhos que tive, até os sonhos dos outros com a gente... Como alguém explica tudo isso?

Acho que chegamos num limite que só precisávamos acreditar pra que tudo acontecesse de verdade...

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