segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Casa do Lago

Sempre fui cinéfilo. Talvez não no sentido típico de quem assista a muitos filmes, mas de quem aprecia todo tipo filme. Isso inclui comédias românticas – que marmanjos em geral torcem o nariz (ou assistem escondidos rs), mas que eu particularmente não vejo nenhum problema em admitir. São descontraídos, divertidos, alguns tem mensagens bem legais, não é? Reflexivas... São mais lights que romances-não-cômicos. Esse último tipo também é válido, mas são filmes mais complicados de ver, talvez porque sejam mais densos ou exijam “menos sono” haha... Mas, vez ou outra me deparo com algum título interessante. E aí chegamos em “A Casa do Lago”.

A capa é bem atrativa – Sandra Bullock e Keanu Reeves como protagonistas (belo casal, não?) – e o enredo é, no mínimo, curioso. Duas pessoas que começam a trocar mensagens, aparentemente do nada, até que se apaixonam uma pela outra. A ironia de estarem separados pelo tempo é um charme a parte, porém, parece ser apenas uma metáfora pra uma idéia maior: A de que, mesmo em lugares diferentes, eles estão juntos. Como se o sentimento anulasse o tempo, e como se o tempo os testasse ou apenas direcionasse pra que tudo ocorresse no momento certo. E qual é o momento certo?

A pergunta pode não ter resposta, mas a situação é questionável. Ela estava comprometida. E ele apenas buscava, sem êxito, um compromisso qualquer. Talvez não fosse a hora, mas e se fosse? Então, eles se conhecem de maneira inevitável. Se aproximam. Ele espera, até ter uma chance de poder ir ao mesmo lugar que ela, ao mesmo tempo que ela. Mas aí, mesmo assim, não pôde vê-la. Teve que esperar mais. Teve que ser paciente ao ponto de deixar novamente o tempo passar e rezar pra que dessa vez, numa segunda oportunidade, tudo se encaixasse. E isso parece o mesmo que pedir pra que um raio caia duas vezes no mesmo lugar. E caiu.

Às vezes, nessas vezes, o destino parece existir e ser bem brincalhão. Ou atrapalhado, ou desleixado. Ou qualquer outra coisa que não o glorifique, mas o coloque na parede e indague "por que tem que ser assim?". E o mesmo tic-tac cruel do relógio parece se transformar em morfina. Anestesia tudo, resolve tudo, cura tudo. E o que parecia impossível torna-se paupável, real. Às vezes, tudo se ajeita como se tivesse que simplesmente ser assim, acontecer assim. Às vezes, parece que quando duas almas se cruzam, de alguma forma, possuem um poder inimaginável... Uma vontade capaz até de mudar o mundo.

E a Frozen Times, tal como num romance e diferente de todas as outras, nasceu dessa vontade de encontrar alguém, que ainda não existia. Um alguém que, acredito, agora eu encontrei.

Um comentário:

Juju Amaral disse...

AHÀÀÀÀÀÀ VC ESTA AQUI!

WILL VÁ NO BLOG NO POST SOBRE SONHOS E PREMONIÇÕES E LEIA.

PROPUS UM DESAFIO PARA VOCÊ.

TE ESPERO LÁ